O Tele Oncoped ICI foi desenvolvido pelo Instituto do Câncer Infantil em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, criado para auxiliar médicos e outros profissionais da saúde no atendimento de casos suspeitos de câncer em indivíduos de 0 a 19 anos e encaminhamento para um centro de referência no Estado do RS.
Os atendimentos são realizados pelo telefone (0800 511-2121 -ligação gratuita) e plataforma, sendo realizados pela equipe especializada do Instituto do Câncer Infantil que orienta a melhor conduta conforme protocolo e fluxo de encaminhamento.
As leucemias são um tipo de câncer que acomete o sangue. É o câncer mais comum na faixa etária pediátrica, presentando mais de 25% de todos os casos. O tipo mais comum é a Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA).
Sintomas:
Fraqueza e cansaço progressivo, palidez, sangramentos ou manchas roxas, febre prolongada com piora progressiva, dores ósseas persistentes.
Os tumores cerebrais e do sistema nervoso central são o segundo tipo mais comum em crianças, representando aproximadamente 20% dos cânceres infantis. Existem muitos tipos de tumores cerebrais e o tratamento e prognóstico de cada um é diferente.
Sintomas:
Dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos.
O neuroblastoma é uma forma de câncer que se inicia precocemente nas células nervosas encontradas em um embrião ou feto em desenvolvimento, sendo responsável por cerca de 6% dos cânceres infantis. Esse tipo de câncer ocorre em lactentes e bebês. Raramente é diagnosticado em crianças com mais de 10 anos. Esse tumor pode começar em qualquer local, mas geralmente é diagnosticado no abdome.
Sintomas:
É percebido pelo aparecimento de inchaço na região abdominal, dor óssea e febre.
O tumor de Wilms é um tumor que começa em um ou, raramente, ambos os rins. É mais frequentemente diagnosticado em crianças de 3 a 4 anos de idade, sendo incomum em crianças mais velhas e adultos. O tumor de Wilms representa 5% dos cânceres infantis.
Sintomas:
Ele pode surgir como um inchaço ou nódulo no abdome, febre, dor, náuseas ou falta de apetite.
Os linfomas frequentemente afetam os gânglios linfáticos e os tecidos linfáticos, como amígdalas ou timo. Eles também podem afetar a medula óssea e outros órgãos, provocando sintomas diferentes dependendo do local onde está se desenvolvendo. Existem vários tipos de linfomas, sendo os linfomas mais comuns na infância o linfoma de Burkitt e Linfoblástico. Ambos os tipos podem ocorrer tanto em crianças como em adultos.
Sintomas:
Os linfomas podem causar perda de peso, febre, sudorese, fraqueza e aumento de tamanho dos linfonodos do pescoço, axilas ou virilha.
O rabdomiossarcoma é o tipo mais comum de sarcoma de partes moles em crianças, começa nas células que normalmente se desenvolvem nos músculos esqueléticos e que participam do movimento do corpo. Ele pode ocorrer na cabeça e no pescoço, virilha, abdome, pelve ou nos membros (braços ou pernas). representando cerca de 3% dos cânceres infantis.
Sintomas:
Ele pode causar dor e/ou inchaço no local de crescimento do tumor.
É um câncer do olho e representa cerca de 2% dos cânceres infantis. Geralmente ocorre em crianças na faixa etária de 2 anos e raramente é diagnosticado em crianças com mais de 6 anos.
Sintomas:
Os retinoblastomas são normalmente diagnosticados porque os pais ou o médico percebem algo atípico no olho da criança. Ao direcionar uma luz ao olho de uma criança, a pupila aparece vermelha devido ao sangue dos vasos do fundo do olho. No olho com retinoblastoma, a pupila, tem o aspecto branco ou rosa. Este brilho branco no olho geralmente é percebido em fotos tiradas com flash.
Os tumores ósseos ocorrem mais frequentemente em crianças mais velhas e em adolescentes, mas podem se desenvolver a qualquer idade. Eles representam cerca de 3% dos cânceres infantis. Os 2 tipos principais de tumores ósseos que acometem crianças são o osteossarcoma e o tumor de Ewing.
Sintomas:
Dores persistentes e com piora progressiva, inchaço ou aumento do volume do membro afetado, fraturas patológicas.
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O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, é mais agressivo e de rápida evolução.
No Brasil, conforme dados do DATASUS são registrados mais de 10 mil novos casos de câncer infantil ao ano.
Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e os fatores ambientais. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e à orientação terapêutica de qualidade.
O câncer na faixa etária pediátrica ocorre principalmente nos tecidos de sustentação e sangue. Os tipos mais comuns são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas e tumores sólidos como o neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms.
Sim. Fatores genéticos estão ligados ao desenvolvimento do câncer na faixa etária pediátrica. No entanto, esses fatores nem sempre são hereditários ou podem ser previsto. Atualmente, o foco das investigações está voltado para alterações genéticas que podem predispor ao câncer.
Por apresentar sintomas inespecíficos, o câncer pode muitas vezes ser confundido com outras doenças comuns na infância. É importante que sintomas persistentes e com piora progressiva sejam percebidos e a criança ou adolescente avaliada por médico capacitado. A detecção precoce é muito importante para o sucesso do tratamento e a obtenção da cura total da doença.
• Perda de peso contínua e inexplicável;
• Dores de cabeça diárias com ou sem vômito de manhã;
• Inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações;
• Protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local;
• Desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão;
• Febres recorrentes não causadas por infecções;
• Hematomas excessivos ou sangramento, geralmente repentinos;
• Palidez perceptível ou cansaço prolongado.
Não. O câncer pode ocorrer em qualquer idade, desde o período intraútero até a fase adulta. A faixa etária onde ocorrem o maior número de casos na infância ocorre entre os 2 e 5 anos.
O tratamento do câncer infantil é determinado com base no tipo e estadiamento da doença. As opções podem incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Alguns tipos de câncer infantil podem ser tratados com altas doses de quimioterapia seguidas de um transplante de células-tronco. Novas medicações também estão auxiliando nesse tratamento como terapias alvo e imunoterapias.
No Brasil a taxa de mortalidade do câncer infantil ainda é muito elevada. Um levantamento divulgado este mês pelo Instituto Desiderata concluiu que a média de mortes por câncer infantil no Brasil é quase duas vezes maior do que nos Estados Unidos. Enquanto aqui a média de mortes no período analisado (de 2000 a 2019) foi de 43,4 por milhão de jovens, nos EUA essa média foi de 22 óbitos por milhão.
Sim! O diagnóstico precoce e preciso, associado ao uso de protocolos terapêuticos voltados para essa população, equipe de saúde experiente e hospitais com credenciamento para o atendimento pediátrico aumentam as chances de cura.
A quimioterapia acontece em ciclos, compostos por dias de administração da medicação e um período de descanso, conforme cada protocolo terapêutico. A duração do tratamento pode variar dependendo o tipo de câncer e estágio da doença. Portanto, o tratamento pode durar entre 2 meses e 2 anos.
Alguns efeitos indesejáveis podem ocorrer como fraqueza, diarreia, perda de peso, mucosite, queda de cabelos, náuseas, vômitos, boca seca, alterações paladar. A Radioterapia é bem comum descamação, escurecimento e vermelhidão da pele, principalmente na região das dobras, como pescoço e virilha.
A criança ou o adolescente em tratamento oncológico precisa frequentemente ser afastados de suas atividades de socialização como escola, passeios, amizades. Além disso, o diagnóstico do câncer infanto-juvenil provoca um sofrimento e instabilidade na dinâmica familiar. O acompanhamento contínuo da equipe multiprofissional, com pedagogos, psicólogos, fisioterapeutas, serviço social, entre outros, desta família é primordial pois assim se estabelece uma relação de respeito e confiança entre familiares e os profissionais, possibilitando a criação de um ambiente mais acolhedor e humanizado.
Estima-se, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), que o percentual mediano dos tumores pediátricos encontrados nos registros de base populacional brasileiros se situa próximo de 3%, o que permite o cálculo estimado de aproximadamente 12.600 casos novos de câncer pediátrico sejam diagnosticados no Brasil por ano, com pico de incidência na faixa de 2 a 5 anos, e um segundo pico entre 16 e 18 anos. A leucemia corresponde a 30% dos casos de câncer, seguida dos Tumores de do Sistema Nervoso Central e Linfomas. No país, o câncer infantil já é a primeira causa de morte por doença nesta faixa etária.
É fundamental o cuidado com a higiene pessoal, principalmente bucal, higiene dos alimentos, evitar contato com pessoas doentes e aglomerações, devido a redução das defesas do corpo associado ao tratamento. A alimentação deve ser saudável, rica em proteínas e calorias, e ingerir uma quantidade abundante de água potável. Cuidados com a pele, que pode sofrer muito durante o tratamento, fazendo uso de loções hidratantes e evitando exposição solar sem proteção. Fazer uso de sintomáticos para náuseas ou dores é recomendado.
Atualmente se reconhece que o aparecimento do câncer está diretamente vinculado a uma multiplicidade de causas e que em alguns tipos de câncer a susceptibilidade genética tem papel importante. É reconhecido na literatura científica que há um vasto número de doenças raras ligadas à instabilidade cromossômica, ao defeito de replicação e/ou no reparo do DNA que apresentam risco elevado de desenvolvimento de neoplasias ao longo da vida. Assim como, é sabido que radiação ionizante (RAIOS-X) e alguns agentes virais, como o Epstein Barr Vírus possui relação com certos tipos de tumores.
Acompanhamento psicológico é importante durante tratamento não apenas para as crianças, mas também para toda família, é fundamental para criança para que ela se recupere de forma saudável, e consiga lidar com seus medos e frustrações. As instituições de referência e habilitadas normalmente oferecem esse tipo de serviço. Além disso, serviços de apoio, como o Instituto do Câncer Infantil, também podem auxiliar com equipe multidisciplinar.
Ingesta frequente de líquidos - se houver restrição para beber líquidos seguir recomendação médica;
Antes de iniciar cada aplicação do tratamento radioterapia, a pele deve estar limpa e sem resíduos de pomadas ou cremes;
Evite banhos quentes, banho morno, sabonete neutro;
Evite exposição ao sol da pele irradiada;
Seque levemente a pele, não coçar a área que está recebendo irradiação;
Não depilar com cera depilatória ou lâmina a área em tratamento;
Os efeitos colaterais da radioterapia estão diretamente relacionados com área do corpo irradiada, dose administrada, tipo radiação e a capacidade das células saudáveis em reparar o dano. Os efeitos cumulativos da radioterapia podem aparecer durante a 3ª semana após início do tratamento. Esses efeitos podem ser agudos ou crônicos e as manifestações podem ser precoces ou tardias. Um dos efeitos Colaterais mais comuns é a fadiga. reações cutâneas, comum a descamação, escurecimento e vermelhidão da pele, principalmente na região das dobras, como pescoço e virilha. Perda de cabelo, náuseas, vômitos, perda de apetite.
Para receber a infusão das novas células o paciente precisa ter sido submetido primeiramente por um tratamento onde a medula óssea será destruída, recebendo altas doses de quimioterapia e de radioterapia. Então ele recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão sangue. Uma vez na corrente sanguínea, as células novas da medula circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem, o que chamamos de “Pega”. Após isso, torcer para que a medula do doador se adapte e não seja rejeitada.
É um tratamento na qual se utilizam radiações ionizantes para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são visualizadas e durante sua aplicação a criança não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com quimioterapia.
O transplante de medula deve ser indicado quando as chances de cura apenas com a terapia convencional são muito baixas. O transplante de medula óssea pode ser realizado com a medula do próprio paciente (autólogo) ou de um doador (Alogênico).
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário a medula será rejeitada. Análise da compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir do sangue do doador e receptor, chamado de exames histocompatibilidade.
Qualquer pessoa saudável, maior de 18 anos e menor que 60 anos, pode se inscrever como doador de medula óssea em um banco de sangue ou hemocentro que faça o cadastro. Para a inscrição no banco de doadores, chamado REDOME, é necessário o preenchimento e assinatura dos termos e a coleta de sangue periférico. Quando for encontrado algum receptor compatível, você será contactado e novas coletas serão realizadas. Se a compatibilidade for confirmada, a medula óssea (sangue que encontramos dentro dos ossos) será coletada sob anestesia, sendo liberada no mesmo dia do procedimento.
Você pode entrar em contato conosco através do número 0800 511-2121 - A ligação é gratuita, vamos te retornar em alguns segundos.
São basicamente divididos em 3 tipos:
Alogênico: células tronco hematopoiéticas de um doador. Pode ser aparentado (irmão), não aparentado compatível (Doador fora da família) ou Haploidêntico (Pai ou mãe)
Autólogo: próprias células tronco hematopoiéticas do paciente são removidas antes que a quimioterapia e radioterapia de altas doses sejam administradas, então, armazenados para posterior uso. Após quimioterapia e radiação estarem finalizadas as células colhidas são infundidas na criança.
Singênico: doador é irmão gêmeo idêntico, mesma placenta.